Em fevereiro deste ano, o Banco Central anunciou o lançamento de um novo meio de pagamento e que revolucionaria o mercado. Esse meio é o PIX, uma nova forma de pagar e receber em tempo real. Confira!
O que é o PIX?
O PIX é um novo meio de pagamentos de maneira rápida que facilitará, e muito, transferir dinheiro entre pessoas e empresas, realizar o pagamento de contas e até fazer o recolhimento de impostos e taxas de serviços. Mas, existem também outras possibilidades.
Ele difere das atuais transações bancárias em vários quesitos:
- rapidez na transferência, levando apenas 10 segundos;
- disponibilidade, permitindo transferências a qualquer hora do dia, independente do dia da semana;
- sem limite de valor, o que não ocorre com TED e DOC;
- gratuito para pessoas físicas;
- baixo custo para empresas e pessoas jurídicas;
- integração de todo o sistema bancário, possibilitando transações entre diferentes instituições financeiras.
Muitas instituições já começaram a disponibilizar o pré-cadastro a seus clientes. Essa etapa acontecerá até dia 04 de outubro deste ano, pois a partir de 05 de outubro, todos as pessoas poderão efetivar o cadastro.
A maneira de utilização do PIX será através de uma chave e, a partir dessa mesma data, as pessoas poderão realizar o cadastro de suas chaves no PIX. O lançamento e liberação deste novo meio de pagamento está previsto para 16 de novembro e somente as pessoas que já tiverem o cadastro e as chaves poderão utilizar o serviço.
Como vai funcionar o Pix?
O Banco Central determinou que todas as instituições financeiras com mais de 500 mil clientes ofereçam o PIX como meio de pagamento digital dentro de seus próprios aplicativos. Portanto, em relação à sua instituição financeira, não haverá um app separado para o serviço, ok?
É importante comentar aqui que o PIX não é um tipo de conta bancária, ele é um meio de pagamento conectado às contas que você já tem abertas e ativas em qualquer instituição financeira. Vale apenas para contas correntes e de pagamentos. Poupança não entra aqui.
O PIX será gerido e operado pelo Banco Central, por meio do Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos (Deban), e está conectado às contas PI das instituições participantes – como fintechs, bancos e cooperativas de crédito. Ele vai funcionar por meio do Sistema de Pagamentos Instantâneos, o SPI.
Contas PI
Segundo o Banco Central, as contas PI têm como objetivo:
“Fazer o registro do saldo mantido no BC para liquidar as operações instantâneas do PIX. Fazer o registro das transferências de valores feitas pelo PIX para realizar pagamentos e garantir a liquidez dos mesmos.”
Portanto, todas as transferências realizadas terão registro no Banco Central. Isso é uma medida adotada para garantir que sempre haja dinheiro disponível para realizar a operação, sendo liquidado da conta quando o pagamento for realizado.
Sendo assim, é nesse tipo de conta que serão creditados os recursos de pagamentos que utilizem o PIX como meio. Mas, calma. Quem deve ter esse tipo de conta são as instituições financeiras, pois é dever delas manter os registros de entrada e saída de valores usando o PIX, e não as pessoas que utilizarão o meio de pagamento.
Chaves Pix
O Banco Central definiu as chaves PIX como “‘apelidos’ utilizados para identificar a sua conta”. Ou seja, são elas que vão representar o endereço da sua conta no PIX .
Para pessoas jurídicas, serão permitidas até 20 chaves por conta.
O registro da chave PIX para pessoas físicas poderá ser de até 5 tipos:
- CPF ou CNPJ;
- E-mail – podendo ser mais de um e-mail;
- Número de telefone celular – podendo ser mais de um número;
- Chave aleatória.
No entanto, atualmente, é muito comum que uma pessoa tenha mais de uma conta corrente quando se tem vários benefícios em bancos digitais. Sendo assim, quem estiver enquadrado nesse cenário, precisa prestar atenção no momento do cadastro, pois não é possível adicionar uma mesma chave em mais de uma conta. Ou seja, se você adicionar seu CPF como chave do PIX no banco X, não poderá adicioná-lo também no banco Y.
Falando em termos técnicos, a chave PIX é o dado que será necessário para poder enviar um PIX a alguém. Portanto, não necessitará mais informar banco, CPF, nome completo, número da agência e da conta como ocorre atualmente quando vamos realizar uma TED ou um DOC. Bastará informar a chave, apenas.
Caso você não queira cadastrar uma chave para fazer ou receber um PIX, não tem problema. Você continuará informando dados bancários. No entanto, não é recomendado pelo Banco Central, visto que o PIX veio para agilizar e dar mais praticidade no dia a dia.
Chave aleatória
A chave aleatória é uma maneira de receber um PIX sem precisar repassar dados pessoais a quem fará o pagamento. Ou seja, você não precisará informar nenhuma das suas chaves já cadastradas, pois poderá gerar uma chave aleatória em seu aplicativo.
Ela será formada por um conjunto de números, letras e símbolos que serão gerados aleatoriamente para identificar a sua conta. Sendo assim, poderão ser compartilhados com quem você quiser para realizar os pagamentos.
O PIX não veio efetivamente substitui outros meios de pagamento
É importante deixar claro que o Banco Central não eliminou outros meios de pagamento com a criação do PIX. Ele é considerado apenas como mais uma opção de pagamento no mercado. Portanto, TED, DOC, boletos, cartão de débito e cartão de crédito continuam funcionando e existindo normalmente.
Porém, devido às inúmeras facilidades que esse novo meio de pagamento vai proporcionar, é bem provável que as pessoas o adotem como meio principal e acabem deixando de lado algumas transações que limitam ou que gerem custos.
Por isso, vamos apresentar as principais diferenças entre os meios:
PIX e TED
PIX estará disponível 24h por dia, 7 dias da semana, e será gratuito para o usuário, precisando apenas da chave PIX. A TED só é possível utilizá-la dias de semana, entre 6h e 17h, dependendo da instituição financeira. Além disso, em alguns bancos tradicionais, está sob a cobrança de uma tarifa, além de precisar de todos os dados bancários da pessoa.
PIX e DOC
São as mesmas diferenças entre PIX e TED. No entanto, no caso de DOC, as transferências só são concluídas um dia útil após serem realizadas e, dependendo da instituição financeira, leva mais de um dia útil, sendo que PIX é imediato, levando em média 10 segundos.
PIX e boleto
Quem faz um pagamento por boleto deve realizar a leitura ou digitação do código de barras, apenas em dias úteis e leva até três dias úteis para ser processado.
Quem recebe um pagamento feito por boleto só tem acesso aos valores em até três dias úteis, após a data em que ele é de fato realizado. A emissão de boleto tem regras próprias e um custo.
Quem faz um pagamento por PIX precisa apenas ler o QR Code gerado pelo recebedor ou estabelecimento. Sendo assim, isso pode ser feito a qualquer dia ou horário e ser completado em alguns segundos.
Quem recebe um pagamento PIX segue a mesma regra: os valores são recebidos em segundos, a qualquer dia ou horário. Não é necessário emitir um boleto porque o processo é somente de geração de um QR Code – gratuito e que pode ser feito de forma rápida e simples.
PIX e cartão de débito
Para utilizar o PIX não será necessário um cartão de débito, pois a transação será feita exclusivamente pelo celular. O que não ocorre atualmente com pagamentos por cartão de débito, em compras físicas, pois é necessário ter uma maquininha. Além disso, os valores não são creditados para o recebedor na hora sem um custo adicional. Tem estabelecimento que leva até 30 dias para receber sem custo.
PIX e cartão de crédito
São bem independentes, visto que o PIX não está vinculado a uma linha de crédito, e o cartão de crédito está. Então, com certeza, são dois métodos que serão bem complementares aos cidadãos.
Fique ligado nas novidades sobre esse novo método de pagamento que vem para revolucionar as transações financeiras entre pessoas e empresas. Você pode conferir o PDF do Banco Central sobre o PIS. No entanto, vamos escrever mais sobre isso, com certeza.
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